E o vilão do mês é ... Vaas Montenegro

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

                   Vaas Montenegro    


Eu já te falei sobre a definição de insanidade?

Se você jogou Far Cry 3 (se não jogou, o que anda fazendo com a sua vida gamer?) com certeza também ficou fascinado com o personagem Vaas Montenegro. Bastam apenas alguns poucos minutos de jogatina para conhecer esse sádico, filosófico, hilário e violento personagem. A lista de adjetivos é extensa, e nem com o uso de todos é possível defini-lo por completo. Posso afirmar, sem medo de errar, que ele é um dos sujeitos que foi mais bem elaborado e construído no mundo dos games. Mas, afinal de contas, o que nos faz gostar tanto desse exótico personagem? Confira nossa matéria e opine com a gente.

Vaas Montenegro é o segundo antagonista da série, ao lado de Hoyt Volker. Mas, ao contrário do seu nada carismático empregador, Vaas é um personagem que se destaca logo de cara,. Seja pelo seu visual punk com requintes de gangster mexicano (o cavanhaque que o diga), por suas atitudes e posturas adotadas durante o jogo, ou pelo fato de que também é irmão de Citra, o que deixa a trama toda muito mais interessante.



O caso de Far Cry 3 é, no mínimo, incomum: é a primeira vez que eu vejo um vilão ganhar tanto destaque, muito mais do que o protagonista até. Vaas é sem sombra de dúvidas o porta voz do jogo, sendo visto em quase todos os materiais promocionais relacionados à franquia. Não duvido que em decorrência disso, muitos jogadores tenham se identificado mais com ele do que com o infeliz Jason Brody.

Atenção! Deixo o alerta que a matéria contém spoilers. Se você nunca jogou ou ainda não terminou a história, leia por sua conta e risco.

Dois lados da mesma moeda

Tudo o que podemos perceber é que Vaas é um cara instável, violento e que não mede esforços para conseguir o que deseja. Mas espera aí, isso também não caracteriza em vários momentos o próprio Jason?


Os dois personagens possuem uma ligação irrefutável. Jason odeia Vaas por ter matado o seu irmão, torturado e escravizado seus amigos. Vaas, por sua vez, odeia tudo o que Jason representa: do filhinho de papai mimado ao guerreiro que o desafia constantemente. Mas se pensarmos na busca e principalmente na luta por um ideal, os dois são praticamente idênticos. Há inclusive momentos em que o próprio Jason não se importa com os meios, desde que contribuam para o seu objetivo maior, e é nesses momentos que podemos ver a manifestação de Vaas em seu interior.

Vaas pode facilmente ser considerado como parte da psique do protagonista. Uma espécie de alter ego que retrata o que acontece quando você perde a linha e se deixa levar. A grande sacada fica para o final da história, onde você define de uma vez por todas se a influência de Vaas será predominante ou não.

E falando em finais, se há algum aspecto decepcionante em Far Cry 3, é o desfecho do personagem. A morte de Vaas é, no mínimo, decepcionante. Um personagem dessa magnitude, que representa todo um ideal, não deveria ter acabado daquela forma. De qualquer modo, o que não faltam são teorias que afirmam categoricamente que o vilão não morreu, e que tudo não passou de alucinações e batalhas psicológicas que se desenrolaram na própria mente de Jason. Vale tudo para justificar o deslize cometido pela Ubisoft. Mas, no fim das contas, quem sabe essas teorias não se mostram verdadeiras e o personagem dá as caras em uma continuação? Sonhar nunca fez mal a ninguém.

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